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Gestão: Técnica e Ética

Marco Antonio Iasi*


Ao se falar de Ética na Gestão, faz-se necessário distinguir alguns pontos importantes.

Gestão, Administração e Gerenciamento, não são sinônimos, embora infelizmente seja normal nivelar grosseiramente os três conceitos. Mas, por que é importante essa distinção para a questão ética?

A resposta é incisiva: porque para se viabilizar o resgate da Ética nas Empresas esta é forma mais convincente.

E é simples de se entender, pois a Gestão (gestain, do grego, conduzir) tem duas vertentes distintas, mas complementares, o Governo ou Administração, e o Controle ou Gerenciamento. Gestão é Governo com Controle. Governo não é Controle. Quem quer “conduzir” bem deve ter Governo, isto é, saber onde quer chegar, o que quer realizar. E deve ter Controle também, isto é, não perder o rumo traçado pelo Governo.

Uma vez feita esta distinção, a conclusão é cristalina: na Gestão das Empresas, ou condução dos negócios, o Controle diz respeito à parte Técnica, científica. A Ética é uma questão filosófica, subjetiva, de responsabilidade de quem está no Governo, portanto na Administração da Empresa, e não de quem se ocupa das tarefas Gerenciais.

A Gestão de Empresas, uma Ciência em pleno desenvolvimento, pertence tanto à área de “Humanas” (se a Gestão é entendida como Administração), quanto à área de “Exatas” (quando a Gestão atua como Gerenciamento).

De qualquer forma, como toda Ciência, que deve ser universal, não pode se tornar privilégio de poucos (seja como Filosofia Administrativa, seja como Ciência Gerencial), jamais permanecendo a serviço exclusivo das elites, o que infelizmente ainda acontece no mundo dos negócios.

A Gestão, enquanto Ciência humana, traduz sua característica ética de universalidade através da sua socialidade, da sua responsabilidade social.

O Gerenciamento, embora pareça estranho dizer, não é de natureza ética. O Gerenciamento é uma atividade técnica, que na ponta dos insumos utiliza recursos, e na outra ponta produz resultados otimizados. Essa é sua missão, cujo mecanismo natural, para ser objetivo e bem sucedido, não deve levar em conta questões subjetivas, portanto sem nenhuma implicação ética.

A única “ética” que será cobrada do Gerente na sua Gestão é a ética profissional, isto é, de cumprir sua obrigação, de realizar bem o trabalho pelo qual foi contratado e alcançar os fins estabelecidos pela Administração.

Num mundo sofisticado como o nosso, para se obter bons resultados, há que se utilizar muita técnica, tecnologias avançadas, novas e boas o suficiente para atingir os fins previamente programados.

Isso não significa em hipótese alguma que o Gerenciamento da Empresa, por ser de natureza técnica não tenha nenhuma responsabilidade ética pelo que faz. A distinção não cria comportas estanques nos corredores da Empresa. Pelo simples fato de ser um cidadão e partícipe do processo empresarial, qualquer um deve ser tido como promotor ético.

A Administração, no entanto, pela sua função deve assumir toda responsabilidade pela ética do processo, desde os fins pelos quais almeja trabalhar, até a coerência destes fins com os meios utilizados no Gerenciamento dos atos econômicos.

Desta forma, a Gestão do terceiro milênio tem se tornado sempre mais de duplo caráter, complementando Gestão Técnica com Gestão Ética.

Eis enfim as duas dimensões da Gestão: a da Administração e a do Gerenciamento. E isto se reveste da mais alta importância numa civilização que quer abandonar de vez a Gestão capenga, amputada da sua Ética, comprometida apenas e tão somente com a Tecnologia e a Técnica de resultados.

A Administração é estratégica e atua na dimensão do Governo, que dá rumo ao empreendimento, que tem a visão de uma Meta, respondendo assim ao “por que?” da atividade empresarial. Estrategos em grego significa General

A dimensão do Gerenciamento é mais tática, de Controle, que sabe “como” fazer e o “o que” fazer para atingir a Meta.

Administração = Governo (fins)
Gerenciamento = Controle (meios)
Total = Gestão

Nossa preocupação não está focada na Arte de Gerenciar, da qual as prateleiras das bibliotecas estão abarrotadas, com técnicas antigas, e novas que surgem a todo o momento, as quais repetem o convite óbvio e recorrente da maximização dos lucros e da obtenção dos melhores resultados. Nossa grande preocupação está na outra vertente de Gestão.

A Ciência da Gestão, num Mundo imerso na técnica, necessita de outra coisa, daquilo de que está mais carente, ou seja, de Ética e de Governo.

A Gestão plena, isto é, que hierarquiza e prioriza a Administração em relação ao Gerenciamento, é mais exigente que nunca, e hoje nos lembra que, embora os lucros possam ser os perenes objetivos do Gerenciamento, jamais serão os fins da Administração.

Sabemos como é difícil ganhar dinheiro, e como ele é fundamental numa sociedade urbana, único meio honesto e digno de adquirir os bens necessários à sobrevivência.

É tão difícil que até parece ser a coisa mais difícil que existe, mas não é verdade. O mais difícil de tudo é a Administração da nossa vida. Na nossa vida, assim como nas Empresas, é a Administração que assegura o sucesso econômico da atividade. As pessoas e as Empresas mais bem sucedidas economicamente são aquelas que melhor traçaram os seus rumos.

E uma Gestão nesse nível resultará seguramente numa Economia saudável, também do ponto de vista Ético.

Enquanto que no passado bastava ocupar-se da questão difícil, porém simplista de “como ganhar mais dinheiro”, as exigências éticas de hoje nos levam a questões bem mais complexas, do tipo “quem deve ganhar mais dinheiro”, “quem não está ganhando Dinheiro”, “é lícito ganhar dinheiro dessa forma, mesmo que seja legal?” etc.

O Gerenciamento não é um referencial para o comportamento humano. O Gerenciamento tem sim usado da manipulação do comportamento para obtenção de lucros.

Mas somente a Administração será capaz de levar para dentro de todas as Empresas, um estilo de comportamento universal, isto é, possível de ser vivido por qualquer ser humano, em qualquer ponto da Terra. Ironicamente, este comportamento é o que mais produz resultados para a Empresa, vindo inclusive a tender aos anseios da Gerência.

Esse estilo novo, cheio de determinação social, será universal dentro da cada corporação, à medida que passe a ser vivido em todos os níveis, do Porteiro ao Presidente da Compania.

De nada nos serve uma Ciência, no caso a Administração, revestir-se de pompa acadêmica, se no concreto, não for apta a resolver os problemas da Humanidade, os de sempre e os que emergem todos os dias, hemisféricos cada vez mais e sempre mais graves.

Já ficou demasiadamente claro que nada resolve melhorar cada vez mais a capacidade empresarial de se produzir lucros, se no geral a população do mundo se empobrece sempre mais.

A Administração evoluiu muito no final do século, mas de que nos adiantou, se cresceu a pobreza dos pobres, e se a miséria ficou mais extensa? A meta mais nobre da Gestão é a de erradicar a miséria humana.

A Gestão, ao evoluir, não deveria supostamente produzir sempre melhores resultados econômicos para todos?

A Gestão no ponto em que está hoje tem alcançado enorme sucesso, otimizando o ótimo, criando e expandindo ilhas de riqueza, os chamados “ótimos isolados”. Isso porque a mentalidade Gerencial está no comando, usurpando o lugar da Administração, com o agir técnico divorciado do agir ético.

Quando o Gerencial predomina sobre o Administrativo aumenta as riquezas, é verdade, mas em vez de erradicar a miséria, a prolifera.

Agravando ainda mais a situação, surge o fenômeno da globalização, com características estritamente gerenciais.

Aparentemente a Globalização veio trazer a derrota final da Administração pelo o Gerenciamento.

O impacto puramente monetarista da globalização reforçou os interesses financeiros, distanciando ainda mais a Economia dos valores Econômicos, aqueles coligados à harmonia social.

Neste ponto, o Papa João Paulo II revelou-se um Administrador de ponta, e ele sabia muito bem o que estava falando ao criar o conceito de “globalização da solidariedade”.

Com este enfoque, conclamou toda a Humanidade a adotar uma visão de Economia, que tenha como base, não mais a concentração de bens, mas a Harmonia social. Onde está a Ética em se enriquecer numa sociedade pobre? Definitivamente não é ético pensar somente em si mesmo, sem devolver à sociedade pelo menos uma parte daquilo que ela mesmo lhe deu.

Nesta perspectiva de resgate de valores essenciais ao futuro do Homem, as Empresas do terceiro milênio deverão se tornar cada vez mais autênticas “escolas de solidariedade”.

De que forma? Dando o exemplo concreto da partilha dos lucros, repudiando a tentação da retenção irresponsável. Nem capitalismo nem comunismo, mas uma “Economia de Comunhão”.

A Economia tem sido uma Ciência tradicionalmente muito voltada para a questão do “acúmulo de bens”. Essa “Economia”, falsa, não funciona. Ela aumenta os contrastes. Ela cria o “ótimo isolado” mas intensifica o “péssimo generalizado”. A Economia é a maior vítima dessa mentalidade tecnicista e gerencial, aquela mesma que é ensinada nas Universidades de Gerenciamento de Empresas, justamente porque não são Universidades de Gestão, pois a Administração foi relegada ao esquecimento.

Então a Economia foi tomada de forma simplificada como uma Ciência do Gerenciamento, cuja definição é “o acúmulo de bens e parcimônia no seu uso”.

Uma Economia assim se consolida como uma anti-economia, dado que a primeira e mais relevante conceituação de Economia é Administrativa: “é a Harmonia das partes com o todo”.

As Partes são as pessoas, o todo são as comunidades.

As partes são os povos da Terra, o todo é a Humanidade.

Os brilhantes economistas, mestres das Ciências Exatas, devem agora abrir as portas para a visão de que a Economia também, e principalmente, é uma Ciência Humana, sob o risco de, não o fazendo, destruir a tudo e a todos.

É aí que entra a importância da Administração. O gesto nobre de harmonizar, na Economia, é “Administração” na sua mais pura essência.

E aqui vale a pena abordar uma questão importantíssima:

Justamente porque a Gestão tem alma e corpo, isto é, Administração e Gerenciamento, ela produz na sociedade dois tipos distintos de Economia: 1) a Economia Gerencial, na qual estamos imersos hoje (técnica e não ética), que não busca harmonia, mas acúmulo, a grande responsável pelas ilhas de riqueza num mar de miséria. 2) a Economia plena, isto é, administrativa e gerencial, ética e técnica, que sabe produzir bens e sabe distribuí-los. Aquela que tem a coragem antropológica de devolver à sociedade parte dos lucros obtidos na atividade produtiva e comercial.

Fica evidente mais uma vez como não se pode deixar a técnica solta por aí, entregue ao seu próprio destino, sem o referencial ético. Isso é uma verdadeira Gestão de desastre.

O importantíssimo papel da Administração neste momento da História, finalmente cruza caminho com a Antropologia. Isso significa que felizmente a Gestão não é mais uma questão restrita somente ao interior dos muros das Empresas.

Nos escritórios também se decide o futuro da espécie humana.

 

*Marco Antonio Iasi é Empresário, Engenheiro (USP), Administrador e Consultor em Gestão Empresarial. Autor do livro Reengenharia Social (LTR) e em edição Teoria dos Princípios de Gestão.

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17/12/2002


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