【丰胸效果】胸部是女性的丰胸产品重要生理特征之一。胸部的健康与美观,直接影响到女性的丰胸外在美与内在美。然而,由于体质与生活习惯的差异,东方女性普遍存在或多或少的胸部问题。其中就有75%以上的女性表示粉嫩公主酒酿蛋丰胸需要丰胸才能使胸部更美观。如何丰胸?因此女孩胸部怎样变大,成了小胸女人最关心的话题丰胸方法

Ética Empresarial
 
Pesquisa:
  QUEM SOMOS
  ARTIGOS
  CDIGO DE TICA
  CONEXES DE INTERESSE
  CURSO PRESENCIAL
  ENTREVISTAS
  ESTUDO DE CASO
  TICA E NEGCIOS
  MONOGRAFIAS
  NOTCIAS
  SALA DE LEITURA
  TESTE DE TICA

      ARTIGOS


Ética e Cibernética

Marco Antonio Iasi*

Ética, já sabemos de que se trata. Há quem saiba mais, quem menos, mas todo ser humano tem sua noção básica. Alguns a levam mais a sério, outros nem tanto como seria desejável.

O conceito original vem do grego “ethos”, que se refere aos “usos e costumes de uma comunidade”.

O objeto material da ética é o ato humano. O objeto formal da ética é a moralidade desse ato. Portanto, como se vê, a ética lida com questões do bem, do direito, da justiça, da honestidade, sinceridade, bem comum etc, e muito mais, mas que, no entanto poderia ser resumida numa palavra chave universal que engloba tudo em si, o Amor.

O amor com sua regra de ouro “faça (ou não faça) aos outros o que gostaria que fizessem (ou não) a ti.

Esta certamente não é uma abordagem completa, mas próxima do aceitável por se tratar de  uma colocação rápida.

Uma vez mencionada a ética, qual sua correlação com a Cibernética?

Se você pensa que sabe por intuição o que é Cibernética, acho que seria melhor confirmar sua opinião no texto abaixo, para não haver precipitação do entendimento.

Em primeiro lugar, não é cibern-ética. O fato de ter a mesma terminação é pura coincidência, apenas uma rima po-ética, mas sem poesia.

Desta forma, aqui estou eu, pela enésima vez, tentando explicar em tom meio professoral que Cibernética nada tem a ver com esse negócio de computação eletrônica.

O pai da Cibernética foi Norbert Wiener, um cientista norueguês, que muito provavelmente nem deve ter se dado conta do alcance do seu trabalho e descoberta, tão grande foi a importância dos recentes desdobramentos da sua Ciência nos campos da Sociologia, da Antropologia e até mesmo (talvez principalmente) no campo da Religião, ou seja, da “Fé conforme a Razão”[1].

A Cibernética é uma Ciência fundamentada em alguns Princípios, que por sinal são muito luminosos, do tipo farol alto, que nos faz enxergar muito longe, em dimensões que nem sequer supúnhamos existir.

O primeiro Princípio Cibernético é o da “Unidade e Transcendência”[2] que diz o seguinte: as “partes” que se relacionam em condições de reciprocidade (unidade), podem juntas e relacionadas gerar um novo “todo” (transcendência), que não é a soma ou justaposição das partes, mas um “novo ser”, transcendente portanto, que não existia antes de haver esse relacionamento.

Esse “todo” portanto é superior às partes, porque é mais complexo que as partes que o compõem, é uma “sociedade”, um “todo social”. A condição fundamental para que ocorra um fenômeno Cibernético de transcendência é que de alguma forma haja perfeita unidade. No exemplo clássico, Hidrogênio e Oxigênio morrem (sem morrer) naquilo que são individualmente, para gerar uma nova “comunidade relacional”, a Água, cujas qualidades são totalmente diversas.

Esse novo ser gerado pela experiência de “unidade” entre as partes, unidade esta que somente se realiza quando existe uma perfeita e contínua reciprocidade de relacionamento, é o produto resultante de um fenômeno de Transcendência material, cujas matérias-prima são as partes e sua inter-relação.

Não é um conceito muito complicado, mas a sua importância não tem limites. Basta pensar que todo o Universo material e biológico é uma expressão direta desse Princípio, e sem ele o Universo simplesmente não teria existido, pelo menos assim como ele é hoje.

No instante exato do surgimento do Universo, no Big Bang, a grande explosão, a Energia que estava toda concentrada haveria de se espalhar pelo espaço e se transformar imediatamente em Matéria, deixando de ser um plasma de Quarks e Léptons para se transformar em partículas de Prótons ou Nêutrons e partículas de Elétrons, respectivamente.

Embora existam seis tipos de Quarks e seis Léptons, nenhum deles existe por si só, ou seja, somente existem estavelmente se estivem aos pares em relacionamento recíproco, transcendendo-se ciberneticamente em partículas elementares. Isso significa que não há Matéria sem relacionamento “social”. Se ampliarmos uma laranja até o tamanho da Terra, veríamos um enorme vazio, com átomos em relacionamento, todos do tamanho de uma cereja. E se ampliarmos esse átomo até o tamanho de uma sala, ainda assim não veríamos seu núcleo a olho nu.

Formados então os primeiros átomos, daí em diante a transcendência cibernética não mais se deteve, e como todos sabemos, surgiram diversos tipos de átomos, depois com a relação destes surgiram as moléculas, e destas as células vivas, depois os organismos, os seres vivos, os animais, e dentre eles finalmente nós, os seres humanos, um maravilhoso edifício formado de vazio e complexíssimos relacionamentos progressivos.

São cerca de 15 bilhões de anos de evolução que também não teria acontecido sem a atuação de um Segundo Princípio Cibernético, chamado de Princípio da “Finalidade e Retroação” (ou feed back).[3]

A “Finalidade” é uma causa que não existe ainda, isto é, é uma causa colocada no futuro: Quarks se relacionam para formar prótons. Prótons, nêutrons e elétrons se relacionam para formar átomos. E assim por diante para formar Homens.

Mas o que assegura às partes-em-relação de que elas estão no caminho certo rumo a sua Finalidade? É a Retroação. Ela busca sempre as melhores formas de relacionamento, por tentativas até a otimização suprema do processo, tendo como referência a Finalidade.

A Retroação não é algo periférico neste artigo, porque é exatamente aqui que entra em questão a Ética, vindo assim a completar o círculo do nosso raciocínio.

Assim como é graças à Retroação que conseguimos colocar uma linha no buraco de uma agulha (finalidade), depois de tentativas com erros e acerto, da mesma forma a Retroação colocou veneno nos dentes da serpente que não tem membros para agarrar suas presas. Foi ela que pintou de branco da cor da neve a pele do urso polar para proteger sua vida. Aliás, os fenômenos cibernéticos evolutivos atuam sempre em função da vida, pois como podemos intuir, a Vida faz parte da Finalidade cibernética limite, ou se quisermos, do Ideal Cibernético.

Sendo assim, podemos falar em Cibernética Social, isto é aplicada à sociedade humana. Embora o Homem seja o ápice da evolução é bom que se entenda que isso é verdade até o momento, mas não em definitivo. Caso assim fosse, o Homem seria apenas outro animal em extinção e nada mais, um verdadeiro beco sem saída da evolução.

Seguindo sua vocação cibernética, o Homem, o mais refinado produto cibernético, foi convidado a dar o definitivo passo de transcendência, pois é também ele uma “parte” de um novo “todo social” superior.

Para o Físico, o Big Bang é uma explosão energética. Para o Filósofo talvez seja a explosão da racionalidade. Mas para o místico, aquele que dá a vida por um Ideal, a Criação do Cosmos é uma explosão de Amor. Por nós o Amor transborda sobre de Si mesmo para nos dar a Vida.

São Paulo poderia ser chamado de sábio cibernético quando disse “antes de tudo a mútua e contínua caridade...”. E para os cristãos, o Evangelho é absolutamente cibernético, pois o seu Mandamento, o Novo, é o amor recíproco.[4] Assim nós os cristãos acreditamos que o ápice do Universo “está entre nós”, quando Deus está presente: “onde dois ou mais estiverem unidos em meu nome, ali estarei Eu no meio deles”.

Acima de tudo, o Evangelho tem uma “Finalidade” cibernética explícita, a divinização do ser humano, no “que todos sejam um...”, isto é, a Unidade plena e a Transcendência final.

E a Ética, como se enquadra nesse contexto da Cibernética Social?

Ciberneticamente falando a Ética se posiciona no campo da Retroação.

É a Ética que assegura a evolução rumo à Finalidade.

A Ética é o elemento fundamental de Retroação social, que coloca o relacionamento recíproco pleno como referencial absoluto da evolução humana e social.

A Natureza não tem escolha, ama sempre. O Homem, porém se destaca da Natureza porque tem o dom supremo da Liberdade, e nisso é semelhante ao Criador.

Se ele quiser pode amar, e se amar estará sendo fiel a sua própria natureza evolutiva, fiel a sua constituição cibernética, e assim, pela possibilidade que tem de realizar também ele a experiência de Unidade e Transcendência, levará o Universo a sua máxima expressão, e de volta ao Amor, onde tudo começou, uma evolução-retorno à dimensão Original.

 


[1] Segundo o pensamento de Chiara Lubich, fundadora e atual Presidente da “Obra de Maria”.

[2] Na verdade são dois princípios, mas indissociáveis porque são suimultâneos.

[3] Da mesma forma também são dois indissociáveis.

[4] “Nisso reconhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros...”.

 

*Marco Antonio Iasi é Empresário, Engenheiro (USP), Administrador e Consultor em Gestão Empresarial. Autor do livro Reengenharia Social (LTR) e em edição Teoria dos Princípios de Gestão.

Devido ao padrão da internet a formatação do artigo não segue o padrão original do arquivo. Para visualizar o arquivo original faça o download clicando aqui.


O foco desta abordagem procura mostrar a forma pela qual a vivência da Ética influencia diretamente na História da Humanidade, partindo de uma visão que leva em conta os Princípios Cibernéticos como paradigmas excelentes. A nossa postura ética é tão relevante que se poderia afirmar ser ela a determinante principal do nosso destino como espécie viva, portanto do futuro da Humanidade.
17/12/2002


[Verso para impresso] [Enviar para um amigo]



 
Untitled