【丰胸效果】胸部是女性的丰胸产品重要生理特征之一。胸部的健康与美观,直接影响到女性的丰胸外在美与内在美。然而,由于体质与生活习惯的差异,东方女性普遍存在或多或少的胸部问题。其中就有75%以上的女性表示粉嫩公主酒酿蛋丰胸需要丰胸才能使胸部更美观。如何丰胸?因此女孩胸部怎样变大,成了小胸女人最关心的话题丰胸方法

Ética Empresarial
 
Pesquisa:
  QUEM SOMOS
  ARTIGOS
  CDIGO DE TICA
  CONEXES DE INTERESSE
  CURSO PRESENCIAL
  ENTREVISTAS
  ESTUDO DE CASO
  TICA E NEGCIOS
  MONOGRAFIAS
  NOTCIAS
  SALA DE LEITURA
  TESTE DE TICA

      ARTIGOS


Ética não é produto, mas vende
Francisco Ricardo Blagevitch *

No mundo corporativo, tão habituado aos modismos e às novas teorias de gestão, a impressão que se tem é que existe uma perda de identidade em relação aos valores essenciais do relacionamento entre as pessoas, que tanto são apregoados como base para a sociedade. É um fenômeno interessante e ao mesmo tempo preocupante. Coloca as empresas e seus executivos como que deslocados do universo dos comuns. A imagem recorrente é a de uma guerra. E se numa guerra tudo vale, nos negócios, em constante ambiente de guerra, tudo deve valer. A questão, muitos dirão a princípio, é que o ambiente de negócios é diferente. Raciocínio fácil este. Pois se qualquer um considerar que as características específicas são totalmente diferenciadas justificaremos tudo.

Num rápido olhar sobre a sociedade notamos a existência de um discurso maniqueísta, que estabelece como única meta o ganho imediato. Uma das referências que podemos ter sobre esta situação está, por exemplo, numa observação sobre as políticas de investimento das empresas em sua imagem e seus funcionários. Uma empresa de produtos de consumo investe cerca de 5% de seu faturamento em marketing, incluindo aí campanhas publicitárias milionárias. Nada contra. Vai ajudar nos negócios e manter o nível de empregos. Investe ainda muito dinheiro em treinamento comercial, gerencial e mesmo em tecnologia. Tudo justo e correto. Ter profissionais mais bem treinados e conseqüentemente motivados. Faz parte das regras do mundo corporativo. Uma única pergunta: quanto de fato uma empresa investe na ética? Não, não sou um ser de outro planeta. A pergunta é simples. Quanto uma corporação investe para ter um código de ÉTICA realmente claro para seus executivos, para seus funcionários e que norteie a cadeia de relacionamentos que ela mantém? Arriscaria dizer que na imensa maioria dos casos as empresas não investem sequer uma hora anual para exercitar o debate ético de maneira séria. E mais, muitas delas pregam que, na guerra, vale tudo. Estas empresas estão erradas. Numérica e negocialmente erradas.

A mesma cobrança ÉTICA que colocamos na sociedade, na clareza das relações pessoais, devemos cobrar no relacionamento negocial. Uma empresa pode treinar quanto quiser um executivo. Se ele não tiver um tratamento ético, de nada adiantará. Olho por olho. Não será ético para com a corporação. E assim, o treinamento de um beneficiará o seu concorrente. Uma empresa que não é ÉTICA para com sua equipe não será ÉTICA para com seus clientes. Pouco provável. Como não existe meia democracia, não existe ninguém meio ético. Ou se é ou não se é. Dente por dente.

A ÉTICA nos negócios vende. Isso é o que temos que ter clareza. Numa empresa como a que dirijo, com cerca de 400 pessoas em empresas lidando diariamente com a informação, o jardim das tentações é enorme. E não podemos nós mesmos sermos aéticos para com nenhum membro desta equipe. Eles teriam o mesmo direito para com nossos clientes.

Hoje temos uma carga de treinamento que inclui palestras e workshops sobre ÉTICA para todos eles. Todos os contratos que fazemos têm cláusulas agressivas e claras sobre a confidencialidade e nossa responsabilidade sobre os procedimentos éticos de cada membro de nossa equipe. Creiam, na guerra de mercado cada um precisa se diferenciar. Ser ético a cada dia que passa, além de um compromisso é um excelente argumento negocial. E comprovadamente eficaz.

Constituímos um Grupo de Trabalho sobre ÉTICA na Prestação de Serviços em TI, pois lidamos diariamente com o coração das informações de nossos clientes. A maçã está sempre colocada à frente de dezenas de membros de nossa equipe. Não mordê-la é um compromisso que aprendemos.

Nos últimos dez anos 100% dos contratos que mantemos com algumas das maiores empresas do mundo foram renovados. Vale lembrar que o melhor negócio que temos é nunca perder negócios. O grau de confiança, que sempre colocamos em nossos relacionamentos pessoais, está em jogo diariamente. Um deslize neste campo é tão grave quanto um erro técnico. Ou mais. Afinal a técnica pode recuperar um acontecimento. Já a honestidade é uma obrigação. Que se não cumprida precisará de mais provas do que uma engrenagem funcionando.


*Francisco Ricardo Blagevitch é diretor da Asyst Sudamérica, empresa de gestão e operação de TI que trabalha diariamente com acesso on line de informações corporativas confidenciais de diversas empresas.

Fonte: Gazeta Mercantil, 08/02/2002

12/11/2002


[Verso para impresso] [Enviar para um amigo]



 
Untitled