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Ética Empresarial
 
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José Guimarães Monforte *

 

Site - O que é Governança Corporativa, quais os seus princípios e qual a sua importância para a empresa?

José Guimarães Monforte
- Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas/Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. Os princípios básicos da Governança Corporativa são: transparência, eqüidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de preservar e aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade.
 
Site -
Até que ponto é correta a afirmação de Peter Drucker de que o Conselho de Administração é a consciência da empresa?

José Guimarães Monforte
-
Faz parte da missão do Conselho de Administração ter pleno conhecimento dos valores da empresa, dos propósitos e crenças dos sócios e zelar pelo seu aprimoramento, o que não apresenta contradição com a afirmação citada.
 
Site - Pode ser ética uma empresa que não tenha preocupação com a Governança Corporativa?

José Guimarães Monforte - Entende-se como ética uma empresa que, nas suas práticas, respeite os princípios básicos da Governança Corporativa: transparência, eqüidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. A empresa que proceda desta forma estará se preocupando com Governança Corporativa, mesmo que não utilize o termos "Governança Corporativa". A conseqüência é um aumento da qualidade dos seus relacionamentos, seja no ambiente interno da empresa como no externo, passando a empresa a ter maiores chances de ser percebida como ética.
 
Site - É possível aplicar os princípios da Governança Corporativa às empresas de médio e pequeno porte?

José Guimarães Monforte
-
Sim, os princípios básicos da Governança Corporativa se aplicam a qualquer tipo de organização, independente do porte e do setor de atuação. Algumas práticas deverão ser adaptadas em função do porte e da complexidade da empresa.
 
Site - Como surgiu o IBGC – Instituto Brasileiro de  Governança Corporativa?

José Guimarães Monforte
-
Fundado em 27 de novembro de 1995, o IBGC é uma sociedade civil de âmbito nacional, sem fins lucrativos, com o propósito de ser a principal referência nacional em governança corporativa. O IBGC desenvolve e difunde os melhores conceitos e práticas no Brasil, contribuindo para o melhor desempenho das organizações e, conseqüentemente, para uma sociedade mais justa, responsável e transparente. Em 1995, as empresas estavam descobrindo que não era importante apenas ter conselhos de administração, mas que fossem atuantes e que se transformassem em chave para o sucesso das organizações. O foco inicial nos conselheiros de administração se refletiu na sua primeira denominação: IBCA - Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração. Em 1999, houve a decisão de direcionar a organização para o conceito mais amplo de governança corporativa, passando a ter sua denominação atual. A história do IBGC está retratada no livro "Uma década de governança corporativa", co-editado pelo IBGC como parte das comemorações pelos seus 10 anos de existência.
 
 
Site - De que modo evoluiu a idéia de se implantar um código de ética no IBGC?

José Guimarães Monforte - O IBGC não dispõe de um código de ética. Foi desenvolvido um Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa em  1999, que já está na sua 3ª edição, contendo os princípios básicos que orientam as práticas de governança corporativa. Pode-se dizer que os aspectos de ordem ética são transversais ao Código. O IBGC, no entanto, sugere que as organizações desenvolvam um código de conduta que comprometa administradores e funcionários. Elaborado pela Diretoria de acordo com os princípios e políticas definidos pelo Conselho de Administração e por este aprovado, o código de conduta deve abranger o relacionamento entre conselheiros, sócios, funcionários, fornecedores e demais partes relacionadas (stakeholders) e definir responsabilidades sociais e ambientais.
 
 
Site - Qual a repercussão no mercado de ações da criação do Ííndice Bovespa de Governança Corporativa – IGC ?                           

José Guimarães Monforte - O IGC é um indicador do impacto das boas práticas de Governança Corporativa no valor econômico das empresas. Este índice tem tido desempenho superior à média do mercado (Ibovespa), mas seus resultados deverão ser sentidos de forma mais marcante no longo prazo.
 
Site - Há algum estudo que permita estabelecer relação entre Governança Corporativa e lucro para as empresas?

José Guimarães Monforte
-
Sim. Geralmente tenta-se estabelecer a relação entre governança corporativa e o valor das empresas, ao invés de lucro, que é um conceito contábil e menos abrangente. Entretanto, existem estudos, principalmente no exterior, que tentam estabelecer um relacionamento entre características de governança e medidas de rentabilidade, principalmente ROA (Retorno sobre os Ativos) e ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido).
Outro ponto importante é o que se entende pelo termo "governança corporativa". A maior parte dos estudos tenta avaliar o impacto de alguns mecanismos específicos de governança (como características do conselho de administração, estrutura de propriedade, nível de divulgação das informações ou transparência, etc.) sobre medidas de desempenho (rentabilidade ou valor de mercado). Alguns estudos mais recentes tentam avaliar o impacto de índices mais amplos de governança (que levam em conta diversos mecanismos de governança de forma integrada) sobre a rentabilidade ou valor das empresas. Neste sentido, existem no Brasil estudos elaborados por Ricardo Leal e Alexandre Di Miceli.
Por outro lado, é mais fácil verificar que más práticas de Governança Corporativa levaram, recentemente, algumas empresas a fecharem suas portas de uma hora para outra.
 
Site - Há alguma contradição entre ética e lucro nas empresas?

José Guimarães Monforte - Não. O lucro é uma pré-condição para a existência das empresas do 2º setor. As empresas com comportamento ético têm mais chances de desenvolver relacionamentos mais duradouros com clientes, empregados, fornecedores, governo, reguladores e a sociedade como um todo, aumentando  suas chances de apresentar resultados econômico-financeiros positivos no longo prazo.

José Guimarães Monforte - Graduado em Economia pela Universidade Católica de Santos. Presidente do Conselho do IBGC, Presidente do Conselho da Pini Editora S/A.  Membro do Conselho da Natura Cosméticos,  da Caramuru Alimentos e da Agrenco. Foi também Vice-Presidente da ANBID e do Conselho da Caixa de Liquidação da Bolsa de Mercadorias e Coordenador do Comitê de Abertura de Capital da Bovespa.  Membro do Advisory Panel da OCDE, sobre Eficiência de Conselhos de Administração. Atuou em diversos bancos e empresas como BANESPA, Banco Merrill Lynch, Banco Citibank N.A., além de ocupar a presidência da VBC Energia S.A. Atualmente é o presidente da Janos Comércio, Administração e Participações Ltda.
30/3/2006


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