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Ética Empresarial
 
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Geraldo Barbosa *



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Em matéria divulgada pela imprensa no início deste ano 2005, consta que a Becton Dickinson- BD criou uma linha telefônica pela qual os funcionários denunciam fraudes. Que resultados trouxe para a empresa a implantação dessa iniciativa?

Geraldo Barbosa - Quando costumam me fazer esse tipo de pergunta, sempre afirmo que os resultados de uma iniciativa como a que a BD adotou não são mensuráveis numericamente. Não é possível detectar quanto a empresa economizou ou deixou de gastar combatendo condutas antiéticas. E nem é esse o propósito.
O grande ganho da BD foi no aspecto comportamental. Os nossos funcionários são muito mais motivados a trabalhar de forma ética, com uma conduta exemplar. O ganho final fica por conta do aumento da satisfação de nossos colaboradores, que afeta diretamente a produtividade.

Site - As empresas que trabalham com produtos mais diretamente vinculados à área de saúde são mais responsáveis que as outras pela condução ética dos seus negócios?

Geraldo Barbosa - Seguramente, mesmo porque, a finalidade última dessas empresas é a proteção à vida humana. Seria um contra-senso que tais empresas não tenham uma conduta ética em seus negócios. E mesmo que isso ocorra, acredito que tais condutas não ficam encobertas por todo o tempo pela sociedade. E nós atingimos um grau de esclarecimento que nos possibilita escolher as empresas mais éticas. Portanto, é fundamental – não só no segmento de saúde, mas em qualquer outro setor – que a ética paute as condutas.

Site - A empresa pode exigir dos clientes, fornecedores, concorrentes, governo, mídia, enfim, todo o público com o qual a empresa interage, que adotem os seus princípios e valores no relacionamento entre eles?

Geraldo Barbosa - Acredito que o caminho é que a empresa deve conscientizar seus parceiros, clientes e concorrentes de que agir de forma ética é a maneira mais correta de se conduzir negócios. Ao mostrarmos o nosso exemplo, estamos, de certa forma, contrastando com o que está acontecendo no mercado e no cenário político atualmente. As coisas têm que acontecer naturalmente. A partir do momento em que alguém tomar a dianteira no que se refere à ética, toda a cadeia produtiva também passará a adotar os mesmos critérios.

Site - Como treinar os funcionários da empresa para que levem a sério e incorporem em suas atitudes o comportamento ético? A conduta ética é conquistada mediante treinamento ou a ética vem do berço?

Geraldo Barbosa - Penso que, à medida em que uma empresa aposta no treinamento a ser dado a sua base de colaboradores, está apostando não só no passado do funcionário, como também em seu presente e em seu futuro. Esses treinamentos servem para aparar as arestas e ajudar aos nossos associados a discernir entre o certo e o errado no âmbito corporativo. Esse discernimento não é tão fácil de se fazer. Por isso, o treinamento deve ser feito da forma mais clara, objetiva e pessoal possível. Nós já treinamos cerca de 500 colaboradores no Brasil, tanto em nossa matriz, em São Paulo, como em nossas fábricas em Juiz de Fora e Curitiba. É um trabalho de formiga, mas que traz resultados.
Só uma observação: o melhor treinamento para os nossos colaboradores é o exemplo que vem de cima. De nada adianta investir em treinamento se a liderança não dá o exemplo

Site - Quais as características de uma empresa cidadã?

Geraldo Barbosa - Uma empresa cidadã é contextualizada com a realidade que a cerca. É uma empresa que deseja devolver à sociedade o investimento nela realizado, seja por meio de educação, programas sociais e melhoria geral da comunidade onde ela está instalada. A imagem da empresa predadora, que somente quer explorar o seu entorno, está ultrapassado. E a sociedade está ciente disso. Basta ver o crescimento dos movimentos de consumo socialmente responsável e a reação das pessoas em geral em relação a escândalos e crises envolvendo alguns ícones do capitalismo.

Site - Lucro, ética e responsabilidade social são compatíveis no desenvolvimento de uma empresa?

Geraldo Barbosa - Seguramente. O lucro é e sempre foi o objetivo da empresa capitalista. Um empreendimento que não vise o lucro não tem o essencial, excetuando as ONGs e as sociedades sem fins lucrativos, evidentemente. E estamos vivendo um processo em que lucro, ética e responsabilidade social começam a formar um círculo virtuoso. As empresas precisam aumentar as suas margens de lucro, por meio de gestão responsável, governança corporativa e métodos avançados de gestão, para que dê o retorno esperado pelo acionista. Somente desta forma, ela poderá destinar os recursos previstos à responsabilidade social e ao incentivo da ética. Os consumidores, conscientes de seu papel e percebendo os comportamentos adotados pelas empresas, passarão a consumir produtos feitos pelos atores que atuam com responsabilidade, aumentando a receita – e conseqüentemente o lucro – dessas companhias. Essa é a relação existente entre essas três variáveis, cada vez mais imprescindíveis ao desenvolvimento micro e macroeconômico.

Site - Há uma tendência a se exigir ética das grandes empresas e ser mais condescendente com as pequenas e médias. O tamanho da empresa pode ser fator determinante desse diferencial?

Geraldo Barbosa - Não, os comportamentos éticos independem do tamanho das companhias. Uma companhia que agir sob comandos éticos irá se destacar no mercado, independentemente de seu tamanho.

Site - A sociedade que se sente traída presenciando o mar de lama em que nossos políticos se chafurdam. O trabalho de passar o Brasil a limpo e reconstruir nossa sociedade é tarefa de todos os brasileiros. Qual a contribuição que os empresários podem oferecer para superação desta crise moral que assola nosso país?

Geraldo Barbosa - A empresa deve seguir seus propósitos e seus valores, e todos devem estar comprometidos com a criação dos fundamentos de um país melhor.


Geraldo Barbosa é presidente e CEO da BD (Becton Dickinson) para a Região América Latina Sul. É membro do Conselho de Administração da Câmara Americana de Comércio de São Paulo, onde preside a Força Tarefa de Propriedade Intelectual. É Diretor Plenário do CIESP e membro do Conselho da FNQ.

2/9/2005


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