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Ética Empresarial
 
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Gabriel Chalita *


Site - Entre os profissionais de empresa, é comum ouvir-se o comentário no sentido de que a ética depende das convicções e pontos de vista de cada um. A ética é relativa?

Gabriel Chalita - Podemos definir a ética como a busca da excelência em todas as coisas. Trata-se, é verdade, de um conceito bastante sintético para um tema que comporta debates amplos. Por isso, a ética encerra questões de naturezas diversas que a tornam, por assim dizer, relativa. Sua aplicação pressupõe visões de pessoas diferentes, com vivências e origens variadas. Indivíduos movidos pela razão, mas também por emoções, sentimentos, desejos, condutas. Seres humanos que passam, cotidianamente, por situações contraditórias. Circunstâncias regidas por medos, dúvidas, inseguranças, sonhos.

O fato é que nossas ações comumente visam ao que é melhor para nós, como indivíduos, muitas vezes em decorrência de um atávico instinto de sobrevivência. Tudo isso tende a tornar as coisas muito maiores e mais complexas do que o são seus conceitos. No caso da ética, por exemplo, há que se considerar que não vivemos isoladamente. Somos seres sociais e isso implica uma série de posturas e atitudes que têm de privilegiar o bem comum, independentemente de ser em casa, na escola, na empresa ou nas relações de amizade. É esse o caminho mais certo e seguro para uma vida minimamente digna, honesta, feliz. Temos de pensar em nós, mas também nos que estão à nossa volta. Em resumo: temos de buscar o equilíbrio. É uma maneira de contribuir para o exercício contínuo do bem.


Site - Ao terminar uma palestra sobre a cultura ética de sua empresa, um empresário mencionou que todos os treinamentos e ações mantidas pela empresa para garantir que seus colaboradores adotassem posturas éticas eram acompanhadas enquanto eles permanecessem na empresa. Fora dos muros da fábrica, cada um poderia ter o comportamento que bem entendesse. Em sua percepção este empresário de fato se preocupa com a integridade de caráter de seus colaboradores? Em outras palavras é possível ser ético durante o período em que se está na empresa e não ser ético no relacionamento com a família, nos momentos de lazer, nas relações com amigos, etc?

Gabriel Chalita - A postura desse empresário não condiz com o conceito de ética como exercício para o bem coletivo e para a excelência moral. Devemos incentivar posturas éticas na vida, de um modo geral, sem restrições a lugares ou atividades específicas. Certamente, este empresário acreditava que estava agindo da melhor maneira possível, de um modo correto, capaz de propiciar aos seus funcionários a liberdade de agir como bem entendessem fora de sua organização. Trata-se de uma visão equivocada, que não contribui em nada para o desenvolvimento integral de seus colaboradores.

Site - Dizer que a ética agrega valor à empresa, ou que é um fator de competitividade seria instrumentalizar a ética?

Gabriel Chalita - A ética sempre irá agregar valor a algo. No caso específico da empresa, as virtudes de uma pessoa podem, sem dúvida, colaborar para o crescimento/aperfeiçoamento de um negócio, de um bem, de um produto. Isso não é algo negativo, nem imoral. Estamos vivendo no século XXI. Na Era da Informação e do Conhecimento. Nunca, antes, a competição entre as pessoas esteve tão acirrada. É claro que quem for ético sairá na frente. Tudo o que é bom, tudo o que for positivo para o bem comum deve ser estimulado. Um funcionário ético, um chefe ético, um presidente ético sem dúvida contribuirão, prioritariamente, para a felicidade e para o bem comum.

Site - A competição estabelecida em nossa sociedade capitalista faz com que as pessoas cada vez estejam mais bem preparadas para enfrentar o mercado de trabalho. Daí os treinamentos, a educação continuada, etc. O senhor acha que a pessoa que não recebeu bons exemplos de conduta ética na família ou na escola, poderá adquirir a consciência ética se trabalhar em uma empresa que tenha essa cultura?

Gabriel Chalita - Em seu livro Perdas & Ganhos, a escritora Lya Luft cria uma linda metáfora sobre esse tema: “Marcados pelo que nos transmitem os outros, seremos malabaristas em nosso próprio picadeiro. A rede estendida por baixo é tecida de dois fios enlaçados: um nasce dos que nos geraram e criaram; o outro vem de nós, da nossa crença ou da nossa esperança”. É isso. O ser humano é muito complexo e, por sua vez, infinitamente surpreendente. Não há um molde específico que resulte em uma pessoa com características “x” ou “y”. É claro que uma família repleta de exemplos de pessoas íntegras, altruístas e amorosas geralmente influi positivamente sobre suas crianças ou jovens, mas isso não é uma regra. Há pessoas honestas, dignas, detentoras de inúmeras qualidades que vêm de lares desagregados, com pais que erraram muito mais do que acertaram, que sobreviveram a uma infância caótica, sofrida. Nesse sentido, é papel das empresas fazer a sua parte, incentivando, estimulando não apenas a ética, mas a cidadania plena de seus funcionários. O meio pode, muitas vezes, ser uma influência determinante.

Talvez por isso, hoje, as fronteiras organizacionais se expandam cada vez mais rumo às comunidades e às sociedades. Instituições, empresas privadas, governos, Ongs e comunidades estabelecem parcerias, implementam programas, criam projetos que buscam o bem comum. Juntos, todos estão construindo um tempo, um espaço e uma realidade melhores para as novas gerações. A conscientização, bem como a educação, é um processo.

Site - No seu livro, Os dez mandamentos da ética, o senhor afirma que ser feliz é superar a passividade, transcender o mediano e encontrar o essencial. Como praticar isso no dia-a-dia de uma organização?

Gabriel Chalita - A vida é um aprendizado diário, um exercício de paciência, de compreensão, de inovação, de crescimento ininterrupto. Cada pessoa deve buscar ampliar seus horizontes da melhor forma possível visando chegar ao essencial, ou seja, ao que tem valor e significado para a vida. Não existe uma fórmula exata para isso, é verdade. Por outro lado, podemos trilhar alguns caminhos comuns que nos levam a uma existência mais completa, mais conectada ao que é realmente importante. Dentro de um ambiente de trabalho, por exemplo, é preciso estar atento a uma série de questões que contribuem para que cheguemos a esse essencial e a uma comunicação direta com nossos talentos, competências, potencialidades. Para isso, precisamos cultivar o companheirismo, o espírito de equipe, o foco, a concentração, a capacidade de auxiliar quem está à nossa volta, a assimilação contínua de novos conhecimentos, a pró-atividade, o aprimoramento do espírito de liderança, a flexibilidade, a capacidade de escutar o outro, de confiar mais e de não fazer pré-julgamentos.

Site - Alguns estudantes universitários comentam que, concluindo o curso abrirão suas empresas. E que pretendem implantar nas suas organizações um verdadeiro clima ético, mediante a aplicação de várias ações que aprenderam durante o curso. Somente que, esta medida será tomada após a conquista de uma estabilidade financeira, um espaço no mercado e a fidelização dos clientes. Qual o conselho que o senhor daria para esses jovens, futuros empresários?

Gabriel Chalita - Que prossigam acreditando nos seus sonhos e ideais, que não desistam frente aos obstáculos do caminho e que, principalmente, não se deixem levar pela crença de que têm de esperar por estabilidade financeira ou o que quer que seja para edificar um padrão ético na sua vida, nos seus negócios. Mais cedo ou mais tarde, a ausência da ética condena ao fracasso qualquer empreendimento.




Gabriel Chalita, 34 anos, Presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação – CONSED, Secretário de Estado da Educação do Estado de São Paulo, Doutor em Direito, Doutor em Comunicação e Semiótica, Mestre em Direito, Mestre em Ciências Sociais, Bacharel em Direito e Filosofia, Autor de 35 livros.

22/3/2004


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