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Transformação nos presídios por meio da arte

Celas superlotadas, péssimas condições de higiene, atendimento médico precário, falta de acesso à educação e à profissionalização, violência. Essa é a realidade dos presídios no Brasil, país que pensa resolver a questão da criminalidade deixando os detentos sem direitos e sem dignidade. No entanto rebeliões, assassinatos e casos de abusos de poder dentro das prisões chocam e demonstram a ineficácia do sistema carcerário brasileiro.

A imagem das penitenciárias está carregada de estigmas e preconceitos que sustentam uma postura social fundamentada na exclusão dos presos e não na sua reintegração à sociedade. Não é nenhuma novidade o fato de nossos presídios não contribuírem em nada para a reabilitação dos presos. Na verdade, as prisões brasileiras só alimentam a revolta e a falta de auto-estima de pessoas que cometeram crimes.

Medidas como a modernização da arquitetura das penitenciárias, a melhoria na assistência psicológica e médica e o incentivo a atividades profissionalizantes e culturais deveriam ser implementadas urgentemente, a fim de melhorar as condições de vida dos presos. Isolar essas pessoas do convívio em sociedade, sem lhes dar direito a novos caminhos e mudanças não contribui em nada para a tão almejada ordem social.

É nesse contexto que nasce, em 1999, o Projeto Arte que Liberta (Projal), do artista plástico Chico Maia. A idéia é devolver a dignidade e a esperança dos presos através da arte. A partir de um espaço de produção, ensino e aprendizagem da arte, cria-se não só um espaço de comercialização de peças artísticas como de reflexão e recuperação da auto-estima dos presos. A arte é uma forma de expressão, uma maneira de se libertar de antigos comportamentos e atitudes.

“O Arte que Liberta contribui para alimentar a esperança com criatividade e companheirismo. A auto-estima resgatada faz com que o interno, mesmo atrás das grades, experimente a liberdade de sonhar com um novo plano para sua vida futura, e isto melhora os seus relacionamentos com todos: companheiros de cárcere, direção penitenciária, família e sociedade”, defende Chico Maia.

O projeto teve início com a construção de um ateliê na Penitenciária Lemos Brito, em Salvador (BA) e, em 2004, transformou-se em uma ONG que pretende expandir a experiência para outras prisões. Atualmente, o Arte que Liberta beneficia 30 internos por meio de cursos e do programa de contratação. Os presos começam como aprendizes, preparando-se para o momento no futuro em que poderão ser contratados para as oficinas de produção artística ou, simplesmente, produzir por conta própria. Os que são contratados ganham o salário previsto na lei de execução penal brasileira (75% do salário mínimo, além da remissão da pena a ser cumprida).

Chico Maia, diretor do projeto, diz que o objetivo principal é oferecer aos presos outros caminhos e mostrar-lhes que, se quiserem e se esforçarem, há possibilidade de mudar o rumo de seus próximos anos. “É encorajá-los a romper com a pressão que o sistema faz sobre todos, através da violência, da corrupção e das drogas. Mostrar que podemos unir nossas forças, somar as experiências e modificar o sistema”.

São desenvolvidos cursos e atividades contínuas nas áreas de serralharia artística (móveis e objetos), velas e objetos de parafina (vasos, luminárias etc.), fibra de vidro (cúpulas para luminárias, apliques etc.), pinturas especiais (pátina, automotiva, decorativa etc.), confecção de moldes (resina, gesso e silicone) e trançado com piaçava e palha da costa.

Além das técnicas e da linguagem artística ensinadas, o Projal busca desenvolver novos valores junto ao preso e passar informações importantes para sua realidade. Por viverem uma realidade muito dura, os internos acabam fantasiando sobre o mundo fora das prisões. Informações sobre a situação política, social e econômica da nossa sociedade despertam muito interesse nos internos e são importantes para que eles se situem e não se decepcionem tanto com o retorno à sociedade.

Lutar para que as penitenciárias sejam locais de correção e reintegração social dos criminosos é uma das principais metas do projeto. “A primeira ação que desenvolvemos é oferecer à sociedade produtos de qualidade estética e muita criatividade, oriundos desse trabalho de ressocialização. E através de representantes aptos nos pontos de vendas, informamos tudo sobre o projeto e o público que atendemos”, explica Chico Maia. Um exemplo desse trabalho é o caso de um ex-presidiário que, em liberdade condicional, trabalha atualmente num ponto de venda desses produtos. A estratégia do Projal é mediar a relação sociedade e preso, uma vez que “tanto o interno precisa ver que a sociedade se importa com ele, como a sociedade precisa entender que podemos acreditar na possibilidade de sentenciados voltarem ao pleno convívio em sociedade”.

Mudar a visão preconceituosa da sociedade em relação ao preso e incluí-lo socialmente é um dos principais desafios do Projal. “Queremos estimular a participação na sociedade e resgatar a cidadania de alguém que, por ter cometido um crime, está sendo punido, mas nem por isso deve perder seu direito à dignidade. A esperança e a reabilitação são direitos de qualquer preso”.

Fonte: Joana Moscatelli  Rets - edição  de 05/08/2005


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17/8/2007


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