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Globalização chega às ações sociais

Multinacionais latinas começam a seguir padrão das suas matrizes no terceiro setor.

Preocupadas com o movimento de integração mundial e a formação de economias em blocos, as multinacionais instaladas na América Latina estão adotando uma postura de responsabilidade social nos moldes de suas matrizes. O objetivo, segundo o gerente geral do Fórum Empresas e Responsabilidade Social nas Américas, Daniel Gertsacov, é manter os padrões e regras de conduta das sedes. "A expectativa em relação à Área de Livre Comércio das Américas (Alca) já influencia a prática de responsabilidade social nas empresas", diz. Ele conta que executivos das multinacionais procuram a entidade buscando orientação para alinhar as políticas de responsabilidade social de suas redes.

A teoria já é prática na anglo-holandesa Unilever. A gerente de Saúde Ocupacional e Qualidade de Vida da empresa no País, Elaine Molina, diz que a Unilever brasileira recebe da matriz as diretrizes para as políticas de meio-ambiente, saúde e segurança do trabalhador. "A partir daí, se necessário, fazemos adaptações", diz. O padrão de qualidade é fiscalizado por auditores que anualmente vêm ao Brasil. Há cerca de um ano, a empresa deparou-se com um problema que poderia quebrar os padrões de qualidade do grupo. Uma das fábricas da Arisco, adquirida pela Unilever, era conhecida em Goiânia (GO), como grande poluidora do rio Meia Ponte que corta a cidade. "Estamos gradativamente fazendo mudanças nessa fábrica para que ela fique como nossas outras unidades", garante Elaine.

O diretor-presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Oded Grajew, afirma que a integração das empresas instaladas no Brasil com as suas sedes pode elevar os padrões dos programas de responsabilidade social na América Latina. "Assim, o lixo que uma multinacional não joga em seu país sede também não poderá despejar em outros países". O procedimento de integração também é aplicado pela Basf no Brasil, que recebe da sede, na Alemanha, as diretrizes de política social. Segundo o diretor de Recursos Humanos da empresa, Wagner Brunini, a adoção dessas políticas refletem nas vendas. "Provavelmente um comprador não vai adquirir mais da empresa porque ela age assim, mas possivelmente compraria menos se não agíssemos dessa forma", diz Brunini conta que um de seus clientes, a Votorantim, condicionou suas compras à não utilização de mão-de-obra infantil.

Mas a política de responsabilidade social da Basf, de acordo com o diretor, não é via de mão única. Ele conta que ações bem sucedidas no Brasil podem servir de exemplo para a matriz, como o Projeto Crescer, desenvolvido para atender a jovens carentes. "A troca de experiências favorece uma sinergia entre a matriz e suas subsidiárias", considera.

A matriz da rede McDonalds, em Chicago, percebeu o valor dos projetos desenvolvidos no Brasil e utilizará como modelo para outros países a fórmula do Instituto e da Casa Ronald McDonald. "Empresários da América Latina vêm para cá conhecer a nossa estrutura", conta o secretário executivo do instituto, Francisco Neves. O Brasil foi o primeiro país latino a ter, em 1994, uma Casa Ronald McDonald, que hospeda gratuitamente crianças com câncer durante o tratamento no Instituto Nacional do Câncer. "A diretriz mundial da empresa é o envolvimento com a comunidade onde operamos" diz Neves. Ele conta também que o País foi recordista por três anos (1997 a 1999) no faturamento do McDia Feliz, (a renda é revertida para a Casa) atribuindo o sucesso ao envolvimento da comunidade, pois nos EUA existem 15 mil restaurantes e, aqui, apenas 570. "Só deixamos de ser recordistas com a desvalorização do real frente ao dólar", afirma.

O Instituto Xerox do Brasil também foi reconhecido pela matriz da empresa nos EUA. O programa Círculo dos Amigos do Menino Patrulheiro, de educação profissionalizante para adolescentes, venceu um concurso do governo americano, em 1999, para medir a atuação social das multinacionais americanas em outros países. "As iniciativas daqui começaram a contagiar o exterior e isso mudou a cara da empresa dentro e fora do Brasil", diz o diretor de assuntos corporativos da Xerox, José Monteiro.

Mesmo com o alinhamento das políticas de responsabilidade social e o reconhecimento de ações pelas matrizes, ainda há uma longa distância entre a postura das multinacionais nos locais de origem e nos países em desenvolvimento. Essa é a opinião do secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Kjeld Jacobson. "O que se vê é uma política aceitável no país sede e ruim nas filiais. Não falo de salários, que dependem de outros fatores, mas de respeito pela liberdade sindical, questões trabalhistas, discriminação por gênero na hierarquia da empresa e cuidados com o meio ambiente", diz o sindicalista. Além disso, segundo ele, o governo brasileiro deve ser mais rigoroso na penalização de quem não cumpre as leis ambientais. "Não que a legislação ambiental não seja boa no Brasil, mas aqui ainda há impunidade para quem a desrespeita", afirma.

Outra diferença é o volume de investimentos destinados às ações sociais desenvolvidas pelas matrizes e suas filiais. A Fundação Telefônica no Brasil, criada em 1999, tem um orçamento para programas sociais e ações culturais de R$ 100 milhões no período de 1999 à 2002. "Na Espanha, o investimento deve ser pelo menos o dobro", diz o presidente, Sérgio Mindlin, explicando que os recursos correspondem ao faturamento. O Brasil é responsável por 30% do fatura mento do grupo Telefônica e a Espanha representa 60% do total.

 

Gazeta Mercantil, 12 de março de 2002

 



17/8/2007


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