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Aventuras na Antártida e no Everest têm muito a ensinar sobre liderança

Professor da Universidade de Thunderbird compara expedições arriscadas às habilidades necessárias para a sobrevivência no mundo corporativo.

Maio de 1996. Apenas duas semanas após nove pessoas terem morrido no maior desastre ocorrido no Monte Everest, no Nepal, Jamling Tenzing Norgay reconstituiu a trajetória de seu pai, Tenzing Norgay - o primeiro alpinista a alcançar o topo da maior montanha do mundo, em 1953. A aventura bem-sucedida de Jamling, além de entrar para o "hall" dos exploradores, consegue mostrar a força de uma das habilidades mais difíceis de se encontrar no mundo organizacional moderno: liderança.

Pelo menos esta é a visão do consultor organizacional Robert Moran, professor da Universidade de Thunderbird, nos Estados Unidos. Moran não diz isso da boca para fora. Ele próprio, em 1999, chegou a seis mil metros de altura no Everest (de um total de 8.848 metros). Foi justamente antes desta viagem que Moran resolveu pedir orientações a Jamling Tenzing Norgay. E aprendeu, além das técnicas do esporte, que uma escalada como aquela tinha muito a ensinar aos executivos nas companhias. Visão, planejamento, organização, comunicação, trabalho em equipe, confiança nas próprias habilidades, tolerância e sorte são algumas dessas lições.

"Imagine o que é viver em um acampamento nas geleiras, a cerca de 18 mil pés (5,5 mil metros) de altura, subindo e descendo por dois meses apenas para aclimatizar. Imagine o que o peso de uma escova de dentes significa àquela altura, e o quanto é preciso planejar", diz Moran. A comunicação com os colegas, com o pessoal do acampamento e com os líderes dos grupos é outro ponto crucial na análise do consultor, assim como o "timing" - a hora certa de tomar as decisões de escalar mais alto ou parar.

Moran esteve no Brasil em março deste ano para falar sobre liderança aos alunos do mestrado em gerenciamento internacional (Master of International Management) da Thunderbird. Os alunos que ocupam no mínimo cargos de alta gerência em suas empresas - fazem aqui no Brasil exatamente o mesmo programa aplicado nos Estados Unidos. A cada seis semanas, os executivos passam seis dias em imersão com professores vindos diretamente dos Estados Unidos.

Para Moran, liderança é uma combinação de duas coisas: caráter e competência. "O mundo está cheio de pessoas muito inteligentes e espertas. As organizações também estão repletas delas. Mas há uma carência muito grande de verdadeiros líderes. Há uma carência de caráter, e há carência de competência", diz o Ph.D, que já desenvolveu programas de educação executiva para empresas como AT&T, General Motors, Honeywell, Bayer, Exxon e Singapore Airlines.

Um outro feito aventureiro utilizado pelo professor da Thunderbird em suas lições sobre liderança -característica que é muito difícil de ser ensinada, segundo ele - é a expedição do inglês Ernest Shackleton ao Pólo Sul, em 1914. Shackleton e sua equipe ficaram presos no gelo durante 17 meses, depois que o barco em que estavam chocou-se com uma geleira. Todos os participantes daquela expedição sobreviveram.

Moran conta que o navegador inglês havia passado 20 anos estudando aquela viagem. "Essa é uma grande mostra que as habilidades de liderança têm que ser planejadas. É muito tarde pensar nisso depois que você é promovido", compara. No gelo, um dos maiores desafios de Shackleton era evitar que as pessoas enlouquecessem. A grande arma para impedir a desarmonia e um grande estresse foi um cuidadoso trabalho de equipe.

Em vez de deixar de lado aqueles com um temperamento mais negativo e agressivo, como os chefes costumavam fazer nas organizações, Shackleton aproximava-se dessas pessoas, no intuito de tentar melhorar as suas atitudes. Trabalhava as habilidades de cada um, delegando tarefas e encontrando diferentes formas de atravessar aquelas crises.

Quando realizavam alguma conquista, celebravam com cubos de açúcar. "Nas nossas organizações, nós celebramos nossos feitos?", questiona Moran, especializado em gerenciamento internacional de recursos humanos. "Certamente, nenhum de nós ficará um dia preso no gelo no Pólo Sul, mas todos nós vivenciamos crises".

Para fazer as comparações entre as habilidades de liderança entre os aventureiros e os CEOs das grandes empresas, Moran entrevistou 87 executivos de empresas globais. E checou à conclusão que falta planejamento e mentalidade global. "Temos que saber trabalhar com pessoas diferentes, com históricos diferentes. Precisamos de uma visão de longo prazo e também facilitar a mudança organizacional", explica o consultor-aventureiro.

 

Roberta Lippi
Jornal Valor, 25 de março de 2002.

 



17/8/2007


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