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Ser ou não ser ético! Eis a questão!
 

Rodrigo Mendes Pereira*

A questão ética, em seu aspecto teórico, é simples. Levando em conta valores e regras de comportamento, decidimos entre o certo e o errado, entre o bem e o mal e entre o que é bom e o que é mau.

O problema é a efetiva prática da conduta ética, especialmente em nossa sociedade atual que sofre a influência dos seguintes fatores: o relativismo; a falsa noção de que aquilo que a maioria faz deve estar certo; o fenômeno da “diluição da responsabilidade”.

Quando alguém é questionado por agir ou pensar de maneira diversa ao senso comum, normalmente se justifica afirmando que age ou pensa da forma que bem entende, pois tudo é relativo. Quando se critica uma obra reconhecida por sua beleza – os afrescos de Michelangelo na Capela Sistina, por exemplo - sob a argumentação de que “gosto não se discute”, percebe-se o quanto o relativismo – doutrina filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento e repudia qualquer verdade e valor absoluto - pode ser nocivo à sociedade.

O relativismo, ao partir do pressuposto de que todo ponto de vista é válido, rejeita a tradição, os critérios acadêmicos, os ideais de verdade e racionalidade e os próprios valores e regras do comportamento ético.

Além da nocividade dessa teoria que invadiu a sociedade, a falsa noção de que aquilo que a maioria faz deve estar certo vem perigosamente confundindo as pessoas no campo da ética. “Mas saber o que é certo ou errado nunca pode ser a mesma coisa que saber o que é mais usual... Se fosse demonstrado que o preconceito racial é muito difundido, isso não o tornaria eticamente aceitável. Embora outras pessoas fraudem o imposto de renda, isso não torna moralmente defensável que você o faça” (Jostein Gaarder, “O livro das Religiões”).

Ora, a ética não se orienta pelo que a maioria diz, nem busca o que é. Em vez disso, a ética busca o que “deve ser” e se orienta por regras aceitas universalmente, tais como o mandamento do amor – “ama a teu próximo como a ti mesmo” - e o princípio da reciprocidade – “trata os outros como gostaria de ser tratado”.

Note-se, também, que embora a base da ética seja o senso de responsabilidade, em virtude do fenômeno da “diluição da responsabilidade”, quase ninguém a assume realmente, seja no aspecto individual ou no aspecto coletivo, este identificado como a solidariedade.

“Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre em nosso espírito sofrer pedras e setas com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja, ou insurgir-nos contra um mar de provações e em luta pôr-lhes fim? Morrer...dormir: não mais.”

O angustiante dilema do príncipe Hamlet – vingar ou não a morte de seu pai - retratado na célebre frase da peça teatral de mesmo nome, escrita por William Shakespeare, serve como pano de fundo e inspiração em qualquer lugar e momento onde ocorram conflitos de consciência, dilemas existenciais e reflexões éticas.

Hoje, personificado de príncipe da Dinamarca – Hamlet -, e como ele também incomodado por fantasmas – o dele era o de seu pai assassinado, o meu é o da injustiça e desigualdade que flagelam, excluem e marginalizam – proponho algumas reflexões.

Ser ou não ser ético? Agir ou não agir de maneira ética? Eis as questões que todos os membros de nossa sociedade, especialmente os poucos detentores das riquezas – patrimônio e conhecimento - devem responder.

Fala-se muito e pouco se pratica a ética. E isto porque a atitude ética, ao priorizar o interesse coletivo ao individual, envolve a partilha das riquezas.

Porém os políticos, empresários, profissionais e acadêmicos em vez de agir, protegem seus bolsos com discursos vazios, continuando a vitimar a população carente e vulnerável com suas omissões.

*Rodrigo Mendes Pereira, coordenador do Curso de Terceiro Setor da Escola Superior de Advocacia – ESA - da OAB/SP, consultor, professor, palestrante e articulista.
E-mail: romepe@terra.com.br
 
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13/3/2007


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