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Reflexões sobre a Ética na Administração
 

Orlando Barbosa Rodrigues*

 

INTRODUÇÃO

Vivenciamos a entrada em um novo milênio, protagonistas de um momento de transformações na história da humanidade. Avanços na ciência, domínio de novas tecnologias, principalmente, a da informação, ora nos aproximam, ora nos afastam de Deus. Assuntos como clonagem, globalização, novas doenças, guerras, miséria e violência, estão em todas as bocas, não importando a classe econômica ou social. Analfabetos, semi - alfabetizados ou letrados, graças ao poder de manipulação dos meios de comunicação, são capazes de falarem de diferentes maneiras e sobre diferentes pontos de vista, a partir do senso comum, sobre qualquer um dos temas.  

A ÉTICA, A INFORMAÇÃO E A MÍDIA.

 Fala-se muito hoje em dia, sobre ética. Ética na política, ética no esporte, ética nas profissões e ética nas relações sociais. Fala-se tanto, a ponto de banalizarem seus conceitos. A mídia, através dos meios de comunicação, não se farta de apresentar e incentivar debates sobre temas polêmicos, que envolvam padrões de comportamento, conceitos e modos de vida de uma sociedade, explorando, às vezes de maneira banal, fatos isolados e obtendo daí, preciosos dividendos. O poder da comunicação de massa materializa o "toque de Midas", em um “toque de mídia”.

Os diversos veículos de comunicação, a todo o momento nos colocam em contato com acontecimentos inusitados da vida brasileira, alguns recheados de sensacionalismo, e que num dado momento, acabam se transformando em fenômeno social, dada a exploração massificada de episódios da vida real presentes no cotidiano de pessoas comuns.

O recente "caso Pedrinho" (o garoto roubado de uma família de classe média, numa maternidade em Brasília), por exemplo, poderia ter passado despercebido por todos. Afinal, seria mais um caso de criança desaparecida em maternidade, no Brasil, como tantos que existem. No entanto, os meios de comunicação, a pretexto de fazerem jornalismo, usaram e abusaram da imagem do menino de rosto bonito. Focadas no senso comum, as pessoas condenaram veementemente, o comportamento ético da mãe adotiva. Acendeu-se assim, o estopim para novas investigações e novas descobertas em torno do assunto e a vida daquela mulher se transformou, convertendo-a na mais terrível de todas as vilãs.

Diariamente, centenas de crianças são abandonadas pelas mães que não tendo como cuidar de seus filhos, devido às dificuldades econômicas e sociais, deixam seus bebês renegados à própria sorte, nas calçadas, nas portas das casas, em latões de lixo. Muitas dessas mães são adolescentes, solteiras, sem trabalho; algumas dependentes de drogas. Vez ou outra, os meios de comunicação também exploram estes dramas, cujo final, não é tão feliz quanto a história do menino Pedrinho, que após conhecer seus verdadeiros pais, tem agora, a chance de iniciar uma nova vida e compartilhar ao lado deles, novas experiências.

Nas empresas, falências fraudulentas, falcatruas, sonegação, contrabando, irregularidades diversas, posturas antiéticas, entre outros, também repercutem e são mais ou menos explorados, ao gosto da mídia, preservando, ou não, os interesses das partes envolvidas. O crime organizado, a corrupção e a fome robustecem as pautas dos telejornais que são preparadas com todo o “cuidado”, ou com o sensacionalismo peculiar, para prender a atenção dos expectadores e elevar os "piques" de audiência.

Escândalos religiosos, crimes passionais, assassinatos e tantos outros dramas, povoam jornais, revistas, rádio e TV, sem contar a internet, onde em geral, a informação é mais importante que a fonte que a gerou. A vida de pessoas comuns transforma-se em um jogo real e às vezes inescrupuloso. Intimidades desveladas, privacidade ultrajada e muita gente querendo aparecer, fazem o "show da vida real". Isso é fantástico.

Na minha opinião, ética está ligada a atitude. Está relacionada com a aceitação pelo outro, de determinadas ações praticadas por um indivíduo ou grupos de indivíduos. A aceitação plena do outro, parece-me algo utópico em sociedades tão desiguais.

As guerras são o grande exemplo. Elas estão aí, como sempre estiveram, impregnadas nas mentes, corações e ações de pessoas inescrupulosas e prepotentes, que se acham donas da verdade, ignorando as diferenças, desrespeitando todos os princípios éticos que devem prevalecer nas relações entre os povos. Existiria guerra ética? Fazem parte da história, as guerras santas. A guerra no Iraque, no Afeganistão, os ataques de 11 de setembro, entre outros episódios trágicos da história contemporânea, se fundamentaram em ideais, cujo propósito, ora religioso, ora econômico garantiriam a paz. Que Paz?

Estamos assistindo no Brasil, país considerado pacífico, a várias "guerras". A mídia divulga a todo o momento os números da guerra contra a fome, contra a injustiça social, contra o desemprego, contra o narcotráfico, contra a violência, entre outras. Talvez essas sejam guerras éticas. Várias guerras, que a meu ver, são contra um mesmo inimigo, oculto, perigoso e que às vezes se esconde em cada um de nós, fantasiado de hipocrisia, desamor e cobiça.

A ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES

Nas organizações, a grande competitividade coloca as pessoas em batalhas sem fim, disputando fatias de mercado, disputando posições de destaque dentro das empresas e fora delas. Na busca desenfreada pelo reconhecimento, manutenção do "status", prestígio, lucratividade e poder, muitas das vezes, a ética é deixada de lado. É a guerra da sobrevivência patrocinada pelo mercado.

Nesse cenário mercadológico conciliar interesse pessoal, com objetivos comuns, por vezes exige do administrador um comportamento, sobretudo, ético, de respeito ao próximo, respeito à concorrência, ao cliente, às leis, etc. Aí está o grande desafio do administrador. No entanto, há ética na Administração? O que é administrar? Qual o objetivo da Administração? Há ética nas organizações? Há ética, no ensino da Administração? Em que momento, somos, ou deixamos de ser éticos, na sociedade moderna? Há ética, na globalização?

Agir de forma proativa em prol dos interesses organizacionais, priorizá-los em detrimento das questões individuais e ao mesmo tempo ser honesto, respeitar os clientes, a concorrência, ser cumpridor das leis e saber valorizar as pessoas são palavras de ordem nos códigos de ética das organizações. Quanto a ser e manter-se ético, diante das circunstâncias, vai depender de cada indivíduo, de cada administrador.

Entendo que o administrador em seu processo de formação é brindado com uma série de saberes sociológicos, filosóficos e humanos que o credenciam a agir de maneira ética no exercício da profissão. Cabe ressaltar, que as regras são postas e impostas pelo mercado, qualquer que seja o mercado. Ser fiel aos princípios de vida em sociedade; respeitar as opiniões divergentes; ser leal aos objetivos organizacionais; ser coerente e ter a consciência de que é preciso estar sempre procurando aprender mais.

O administrador, dentro e fora das organizações deve ter perseverança e lutar pelo seu futuro e de sua família, fazendo sua parte enquanto cidadão, para que tenhamos um mundo melhor, mais justo, onde todos tenham oportunidades. É necessário em minha opinião, que o administrador tenha sensibilidade e equilíbrio no momento de tomar decisões e que trabalhe em prol de resultados positivos para as organizações, sem esquecer que as organizações fazem parte de um sistema aberto, portanto, não são um fim em si mesma. O administrador não pode se dar ao luxo de desconsiderar tais premissas.

O PAPEL DA ESCOLA

Vejo que as escolas, principalmente as instituições de nível superior, que têm o propósito de formar profissionais para o mercado de trabalho são fundamentais nesse processo. Práticas pedagógicas e atitudes profissionais responsáveis e coerentes com o que é ensinado são elementos facilitadores para a internalização de princípios éticos pelos acadêmicos.

Tenho acompanhado com certa preocupação, a banalização do ensino superior e sua mercantilização. A democratização do acesso ao ensino de terceiro grau traz em seu bojo algo de perverso. Colocar à disposição do mercado pessoas com formação universitária, sem, no entanto, prepará-las para enfrentar a concorrência, sem desenvolver nenhum programa de encaminhamento dessas pessoas para o mercado de trabalho é adotar a política do "salve-se quem puder". É contribuir para a formação de uma nova categoria de desempregados. O "desempregado intelectual", ou "intelectualizado".

Deve-se considerar que novos modelos de organizações estão surgindo na era do conhecimento e os acadêmicos precisam estar cientes disso.  Estará à espera dos novos profissionais, um mercado disputadíssimo e volátil voltado para resultados. As palavras de ordem serão: competência, ambição, poder, profissionalismo, dinamismo, sucesso, garra, superação, etc. Ou seja, “terás de matar um leão a cada dia”. O diferencial vai depender de cada um. Cada qual, lutando e buscando seu espaço.

Muito do que se aprende sobre princípios e técnicas para uma boa administração estão presentes nos livros estrangeiros, onde relatam casos de empresas de sucesso (grandes corporações) e seus modelos administrativos. A partir daí, uma infinidade de bibliografias vão se somando, formando conceitos e padrões para uma boa administração e fazendo da ciência da administração algo meramente mecanicista, ou melhor, um "livro de receitas".

Muitas publicações brasileiras ligadas à administração de empresas são meramente repetidoras dos modelos teóricos importados, sem muita identificação com a realidade da maioria das empresas brasileiras. Surgem os "gurus", que vão se tornando cada vez mais populares, vendendo "fórmulas de sucesso", a quem interessar possa.

Desenvolver nos estudantes uma mentalidade, crítica, empreendedora, proativa, focada em responsabilidade social é a sublime missão das instituições de ensino compromissadas com a educação. Só assim, será possível continuar idealizando um perfil de profissional, que seja considerado ético e que saiba conduzir as organizações para os resultados pretendidos, mas, promovendo o equilíbrio, a justiça social e agindo em prol da melhoria das condições de vida das pessoas; cumprindo as leis e respeitando a natureza, o meio ambiente e, sobretudo, reconhecendo as diferenças individuais de cada ser humano.

CONCLUSÃO

            As idéias aqui colocadas são meramente reflexivas e representam minha opinião pessoal, sem a pretensão de teorizar sobre o assunto, ou buscar fundamentos que sirvam de arcabouço para os apontamentos aqui colocados. São impressões particularizadas sobre o que entendo por comportamento ético, a partir de minhas convicções, de minha experiência de vida, de minha experiência profissional e de minha condição de ser humano interessado em aprender.

            No entanto, gostaria de compartilhar estas idéias com os leitores deste artigo. Peço que o leitor reflita, questione e articule, caso desejar, em torno do assunto, para que possamos desenvolver um debate a respeito. Embora, a idéia central esteja focada no trabalho do administrador de empresas, isso não impede uma reflexão mais abrangente.

 

*Orlando Barbosa Rodrigues, administrador de empresas, economiário, professor universitário, mestre em ciências da educação pela UCG.
e-mail: Obr@terra.com.br
 
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2/3/2006


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